Sunday, November 26, 2006

[...] A felicidade são momentos que no seu presente fugaz, são mais fortes do que todas as sombras, todos os lugares frios, todos os arrependimentos. Ser feliz em palavras que durante essa respiração beve, mudam de sentido. E nem a forma do mundo é igual: o sangue toma a forma de de luz, as pedras têm a forma de nuvens, os olhos têm a forma de rios, as mãos têm a forma de árvores, os lábios têm a forma de céu, ou de oceano visto da praia, ou de estrela a brilhar com toda a sua força infantil e a iluminar a noite como um coração pequeno de ave ou de criança. [...]
José Luís Peixoto, Uma casa na escuridão

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