Friday, April 20, 2007

Incursões




De volta a ti, querido diário.
Nesta viagem de ausência composta entre viagem natural e física e a viagem da errância, própria de um deambular só meu, quantas páginas se abriram e quantos capítulos foram escritos da matéria, essência com que compomos vida!

Entre paisagens difentes, neste espaço tempo, a incursão concretizou-se entre frames dispersas no espaço e nos sentidos.

O percurso físico desta ausência materializou-se entre:
Bruxelas; - de novo Bruxelas - onde de cada vez que regresso experimento um torvelinho de sentimentos; um misto de prazer que se compraz na descoberta da cidade e nalgum ódio típico de quem a ela associa um labirinto de sentidos e de sentires complexos e contraditórios.

Flandres - Depois de Bruges, Antwerpia e Gent. Cidades que expressam ideias diferentes de espaço público, e que me pareceu lidadem com o tempo e o percurso histórico de forma diferente. A primeira parece manter na actualidade algum espírito mercantil que a caracterizou no passado. A segunda, conservadora e enraízada no tempo, conserva a traça típica de cidade medieval.

Valónia e Reims - Paisagem diferente. Primeiro numa Bélgica assimétrica e desigual- entre a Valónia e a Flandres. Depois, a França até Reims. Reims a cidade onde Clóvis foi baptizado e vários reis franceses coroados. Uma cidade calma, sempre vigiada pelas gárgulas da catedral e olhada por vitrais lindíssimos e que fazem dela um espaço de cor acolhedor e equilibrado, mesmo num dia frio e chuvoso como aquele em que nos encontrámos para nos revermos e para a visitarmos.


Luxemburgo - Um lugar particular onde mora a originalidade e o equilíbrio. O equilíbrio das formas. A originalidade do lugar que se conserva com ruas onde marcas portuguesas habitam. Um Luxemburgo entre duas margens - a tradicional e a dos prédios altos e modernos das organizações internacionais.


Londres, bibliotecas e UCL (University College of London). De novo as bibliotecas e a viagem. E o encontro! Ou desencontro?...