Jota
Quantos rios de águas turvas
Correram nas nossas pontes.
Nesta travessia, neste trânsito
Onde facilmente se perde o pé
O que fica depois da erosão das margens?
Ficou a tua estrutura terna e doce
Um edifício de betão
Enviesado com mistura de sonho dentro.
Um carácter moldado
Ao sabor de agrestes marés
Correntes intensas, fortes…
Não, não merecias nada disto.
Não. Precisas clarear a água do rio que te trespassa
E resgatar a limpidez das águas,
Lançando na areia os dejectos que não prestam.
Uma torrente dura mas precisa.
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